Finda agora mais um ciclo de experiências, aprendizagens e emoções que fizeram parte de uma viagem, que teve a duração de quatro anos pelo mundo da Saúde Ambiental. Durante esta viagem vivi momentos inesquecíveis, conheci lugares de sonho, pessoas extraordinárias e amigos para sempre!
É certo que este percurso teve também as suas dificuldades, em alguns momentos encontrei obstáculos que me deram luta, deparei-me com avarias difíceis de reparar e algumas vezes cheguei a ficar sem combustível! Mas, felizmente consegui manter os meus objectivos na mira e com a ajuda de todos aqueles que acreditaram em mim, as dificuldades foram bem mais fáceis de serem eclipsadas...
E porque a Saúde Ambiental é para muitos de nós uma paixão, carece de uma "acendalha" que lhe dá força e dimensão. É esta acendalha que, na maioria das vezes, nos impulsiona e direcciona a realizar aquilo que produzimos com gosto e devoção.
Após realizar este último estágio numa unidade de saúde pública, acredito ter descoberto a minha acendalha, denominando-se ela… Saúde Pública! Para além de considerar que a mesma é por vezes pouco compreendida e diria até mesmo pouco reconhecida, fruto da sociedade imediatista em que vivemos, onde o tempo entre a intervenção e os resultados deverá ser o mais célere possível, nada favorece a sua visibilidade, contemplando ainda, que em Saúde Pública (SP) o “não acontecimento” é o resultado pretendido. Na realidade, todos os profissionais desta área, lutam para que a doença se aproxime, cada vez mais, de um fenómeno raro!
Sempre que falamos em SP falamos em saúde das populações. Agir em SP implica intervir “a montante” prevenindo a doença e protegendo a saúde, implica termos “braços grandes”, isto é, muitos braços capazes de abarcar toda a população, identificando as suas necessidades, as suas potencialidades, desenhando e implementando estratégias para o seu controlo e avaliando o seu impacto.
Pode parecer um pouco utópica esta minha visão, ou típica de um recém-licenciado que acaba o curso com a força de vontade voraz de fazer… Contudo, e tal como referia Artur Miller, dramaturgo americano, “para mobilizar pessoas para qualquer empreendimento humano de alguma envergadura é necessário situar a fasquia bem alto, de facto muito perto da utopia. Isto torna a fasquia inatingível. Mas o que importa, é o facto de ser entre a primeira ideia do novo empreendimento, e o primeiro sinal que não se pode ir tão longe como se pretendia, é nesse intervalo, que as coisas verdadeiramente importantes acontecem.”
Não poderia terminar este momento sem agradecer a todos aqueles que com amizade se sentaram no meu comboio e fizeram desta minha viagem, uma viagem bem mais rica e muito mais feliz!
Muito Obrigada a todos, e em especial
àqueles, que ao lerem sobre a minha
viagem se identificam nela!
Olá Manuela... colega.
ResponderEliminarDesejo-lhe toda a felicidade e sorte do Mundo.
Tanto uma como outra, você garantidamente que as merece.
Um beijinho do "Senhor do Blogue".
Olá querida Mané,
ResponderEliminarÉ agradável ler esta tua reflexão pois como sabes partilho destes sentimentos tanto no que se refere à paixão pela saúde pública como no hábito de pensar que acreditar é a parte mais importante da concretização dos desideratos...
A melhor parte de saber que fiquei sem uma aluna brilhante é saber que ganhei uma excelente colega.
Beijinhos
Raquel