quarta-feira, 20 de abril de 2016

Revisão do procedimento de colheita de amostras de água para consumo humano

Foi publicada a Recomendação ERSAR n.º 01/2016 relativa à revisão do procedimento de colheita de amostras de água para consumo humano.

A presente Recomendação pretende rever, à luz da experiência técnica adquirida pelo setor o procedimento relativo à colheita de amostras de água para consumo humano publicado pela Recomendação IRAR n.º 03/2010.
O presente método alternativo dirige-se aos técnicos dos laboratórios ou das entidades gestoras que realizem a colheita de amostras destinadas à verificação da qualidade da água nos termos fixados pelo Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

BIOCOMBUSTÍVEIS SÃO MAIS ECOLÓGICOS?

yO polémico debate sobre a sustentabilidade dos biocombustíveis foi reacendido por um novo estudo levado a cabo pelo Swiss Federal Laboratories for Materials Science and Technology (EMPA). O estudo intitulado “Harmonisation and Extension of the Bioenergy Inventories and Assessment”, contou com colaboração de cientistas de várias instituições - Empa, Institute Agroscope Reckenholz-Tänikon (ART) e Paul Scherrer Institute (PSI). A avaliação realizada envolveu a comparação do desempenho ambiental de 25 biocombustíveis e da gasolina. Os indicadores utilizados foram desde o potencial contributo para o aquecimento global, à destruição da camada de ozono, passando pelo aumento da ecotoxicidade dos meios de água doce e da toxicidade para os humanos. Embora tivesse sido considerado que os biocombustíveis possam ser sustentáveis, dependendo das condições e da tecnologia envolvida, os resultados sugerem que apenas alguns são mais ecológicos do que a gasolina. Sendo os biocombustíveis uma energia renovável derivada de produtos agrícolas, como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica, permitem diminuir a emissão de gases poluentes. A grande questão coloca-se no facto de os biocombustíveis não poderem, na prática, substituir os combustíveis fósseis (gasolina e gasóleo), se considerarmos que a área necessária para a sua produção implicaria uma redução da área agrícola, fundamental para a produção de matéria-prima para a produção de alimentos. “A maioria dos biocombustíveis, portanto, apenas altera o tipo de impacto ambiental: menos gases com efeito de estufa, mais poluição relacionada com a terra utilizada para a agricultura”, afirmou Rainer Zah, do EMPA. Desta forma, dando uso à expressão “uma solução não pode constituir um novo problema”, o que se constata é que estes combustíveis alternativos podem vir a representar uma pegada carbónica maior, se a sua produção implicar a desflorestação para a criação de áreas de cultivo de matéria-prima, considerando os impactos ambientais que daí podem advir pela acidificação do solo, poluição de lagos e rios e pelos níveis de fertilizantes usados no cultivo da vegetação. Por outro lado, efeitos positivos podem ser alcançados se o cultivo de agrocombustíveis contribuir para o aumento do teor de carbono do solo. Dos resultados obtidos concluiu-se também que, dependendo da matéria-prima usada, o biogás produzido a partir de resíduos e desperdícios é um dos poucos biocombustíveis que menos prejudica o ambiente em comparação com a gasolina, podendo o seu impacto ambiental ser menos de metade em relação aos combustíveis fósseis.

sábado, 28 de julho de 2012

QUALIDADE DO AR INTERIOR EM CRECHES E INFANTÁRIOS

“O ambiente da residência desempenha um papel importante no desenvolvimento saudável da criança.”

Directrizes para uma Habitação Saudável, 1990

 

Segundo o primeiro comité de peritos da Organização Mundial de Saúde em aspetos de saúde pública da habitação e saúde, é estabelecida uma forte relação entre o ambiente e a habitação uma vez que o ambiente residencial é constituído por bastantes elementos suscetíveis de provocar efeitos prejudiciais na saúde dos seus ocupantes. Estes peritos estabeleceram uma associação positiva ou negativa entre habitação e saúde, ou seja, uma habitação de má qualidade correlaciona-se com uma saúde de menor qualidade e vice-versa.

Por forma a desenvolver o conhecimento sobre a qualidade do ar interior (QAI) nas escolas e a sua influência na saúde das crianças, um grupo de médicos, engenheiros e especialistas em qualidade do ar interior reuniram-se, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa, o INSA, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), dando origem ao Projeto Ambiente e Saúde em Creches e Infantários (ENVIRH). O seu principal objetivo é analisar a relação entre “as características construtivas do edificado, a qualidade do ar no interior (QAI) e a saúde das crianças que frequentam instituições de ensino pré-escolar em Lisboa e no Porto”. Desta forma pretende-se contribuir para a criação de espaços mais saudáveis e por sua vez para a melhoria da qualidade de vida das crianças.

Apesar do estudo ainda se encontrar em fase tratamento estatístico de resultados, já foi possível estabelecerem-se algumas conclusões.

A avaliação feita por médicos, engenheiros e peritos ambientais em 19 creches e infantários concluiu que a renovação do ar destes estabelecimentos é insuficiente, tendo em conta o número de ocupantes e as fontes de contaminação no local. Concomitantemente foram também encontradas algumas relações entre as características do edificado e o ambiente interior, e entre parâmetros da qualidade do ar interior e a saúde das crianças.

Do estudo realizado já foi possível concluir que um dos problemas detetados relaciona-se com a elevada densidade de ocupação humana, associada a más práticas de ventilação, que por sua vez facilita a acumulação de poluentes no ar com origem nos ocupantes, nos materiais de construção ou decoração e nas atividades desenvolvidas.

Ao fim ao cabo, a principal preocupação centra-se no agravamento do estado de saúde respiratório das crianças, nomeadamente em grupos suscetíveis como os asmáticos.

Para mais informações consulte o Website do Projeto Ambiente e Saúde em Creches e Infantários (ENVIRH)

domingo, 8 de julho de 2012

X Congresso Internacional de Medicina y Salud Escolar

1.º Anuncio:

clip_image002Coincidindo com o aniversário da Constituição espanhola de 1812, com a declaração de direitos das crianças e com os vinte e cinco anos de existência de médicos escolares no Ministério da Educação na Andaluzia, comemora-se o X Congresso Internacional de Medicina e Saúde Escolar, este ano, sob o lema: Os serviços de saúde escolar no século XXI: para uma maior equidade.

O Congresso é organizado pela Associação Espanhola de Saúde Escolar e Universitária, coincidindo com o Congresso Ibero-americano de Medicina e Saúde Escolar, o Congresso Andaluz de Medicina Escolar e a Reunião de Peritos em Saúde Escolar.

Tem, ainda, o poio da EUSUHM (European Union of School and University Health and Medicine) /a União Europeia de Saúde Escola e Universitária.

Vai ser em CADIZ, dias 9 e 10 de Novembro de 2012.

Reservem esta data! A distância entre Lisboa – Cadiz é de 580 Km!

sábado, 7 de julho de 2012

Saúde dos Jovens

clip_image002Foi publicado no passado mês de maio o último relatório do estudo Health Behaviour in School-aged Children (HBSC). Este relatório reúne dados de 39 países de toda a Europa e da América do Norte, recolhidos através de um inquérito a que responderam 200.000 jovens de 11, 13 e 15 anos de idade.
O estudo, coordenado pela Organização Mundial de Saúde, representa uma fonte de informação importante sobre a saúde dos jovens na Europa.
O estado de saúde de um adulto é, em grande parte, determinado durante a sua adolescência, pelo que este estudo é especialmente interessante. Os jovens inquiridos estão numa fase de transição entre a infância e a idade adulta, começando a adquirir autonomia em relação aos pais e a fazer as suas próprias escolhas em matéria de saúde.
Os comportamentos em matéria de saúde que adotem nesta fase irão muito provavelmente nortear a sua vida adulta.
Resultados do estudo
De uma forma geral, o  relatório conclui que,  os jovens estão de boa saúde, mas chama a atenção para determinados aspetos que merecem uma atenção especial.
Em primeiro lugar, o relatório põe em destaque a importância do ambiente social para a saúde. Uma boa comunicação entre pais e filhos pode contribuir para a saúde e o bem-estar geral dos jovens. Contudo, esta comunicação torna-se mais difícil com a idade e é mais rara nos meios mais desfavorecidos. Por sua vez, o ambiente escolar satisfaz cada vez menos as necessidades psicológicas básicas dos alunos. Ora, um ambiente escolar propício pode contribuir para melhores resultados em matéria de saúde.
Em segundo lugar, o relatório aponta para as diferenças entre os sexos. As raparigas dizem-se menos satisfeitas com a vida e têm uma pior imagem corporal do que os rapazes. Para além das consequências a nível da saúde mental, este fator torna mais prováveis as dietas de risco para emagrecer suscetíveis de afetarem a sua saúde física. Em contrapartida, os rapazes adquirem massa muscular e têm uma boa imagem corporal. Contudo, têm maus hábitos alimentares e adotam mais frequentemente comportamentos de risco do ponto de vista da saúde, como o consumo de tabaco ou o consumo excessivo de álcool ou atividades perigosas com risco de lesões físicas.
Em terceiro lugar, as diferenças em termos de estatuto socioeconómico e de país criam desigualdades. O estatuto socioeconómico pode influenciar o estado de saúde e a autoperceção do estado de saúde. O excesso de peso e a obesidade são mais frequentes nos agregados familiares mais desfavorecidos na Europa Ocidental, enquanto que os agregados familiares mais ricos são mais suscetíveis de criar comportamentos saudáveis nas crianças, por exemplo no que respeita ao consumo de fruta e ao exercício regular de uma atividade física.
Importância do estudo
O HBSC disponibiliza dados fiáveis que identificam fatores de risco para a saúde dos jovens, fornecendo aos responsáveis políticos informações úteis para melhor satisfazerem as necessidades dos jovens em termos de promoção da saúde.
Para mais informações: Sítio Web HBSC