sábado, 24 de dezembro de 2011

Boas Festas!

Caros leitores, é com carinho e amizade que desejo que neste Natal, cada um nós procure doar um pouco de si. Não somente em coisas materiais, mas principalmente em pequenos gestos que confortem os corações daqueles que amamos, pois muitas vezes, a azáfama do dia a dia não permite que o façamos com a devida frequência.

 Feliz Natal e um Próspero Ano Novo


sábado, 3 de dezembro de 2011

Linhas orientadoras para a inspeção de equipamentos de proteção individual - Capacetes

A Magazine, revista da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, dedicou o seu 12º número ao tema “Healthy Workplaces. A European Campaign on Safe Maintenance”, com o intuito de reforçar a campanha europeia sobre manutenção segura. Os artigos publicados apresentam uma ampla gama de questões relacionadas com a segurança de manutenção e de modo mais geral sobre segurança e saúde no trabalho, nomeadamente, organização de manutenção, planeamento de manutenção, avaliação de risco, comportamento humano, segurança química, design, subcontratação de manutenção, comunicação e formação e linhas orientadoras para a inspeção de equipamentos de proteção individual - capacetes.

É este último tema que pretendo explorar e apresentar as principais dicas de inspeção de capacetes de segurança, pois penso que em muitos momentos a sua inspeção não é tão completa como aqui se apresenta!
Os capacetes devem ter qualidades protetoras apropriadas e assegurar a segurança do trabalhor. 

Estas condições serão garantidas através de: 
Estrutura e materiais;
• ensaios de tipo e de certificação, realizada por um organismo notificado para se conformar com a Directiva 89/686/CEE (implementado pela portaria do Ministro da Economia, datada de 21 de dezembro de 2005 sobre a brasa requisitos básicos para uso pessoal equipamentos de proteção individual); 

Controle de qualidade do fabricante.
É da responsabilidade dos empregadores que tenham fornecido os equipamentos, a inspeção da condição física dos capacetes e manter a sua capacidade de proteção.  Por forma a assegurar que a supervisão seja eficaz, a monitorização deverá ser realizada em dois níveis:
  • diretamente antes de cada utilização (realizado pelo usuário após apropriado formação);
  • periodicamente (realizada uma vez por ano, por exemplo, por uma autoridade competente ou uma pessoa que tenha sido especialmente treinada dentro do local de trabalho, ou um serviço autorizado diretamente pelo fabricante).
A avaliação periódica da condição física dos capacetes de segurança deve começar com a verificação da garantia do fabricante. A inspeção deve ser realizada com base na data de fabricação indicada no escudo. Se o tempo indicado pelo fabricante tiver expirado, o capacete deve ser retirado de uso, independentemente de sua aparência.
 
Linhas orientadoras para a inspeção de capacetes

Verificar as conchas dos capacetes de segurança

A verificação da condição física do casco do capacete é um ponto muito importante para a avaliação da sua capacidade de proteção. O casco do capacete, isto é, a parte exterior do capacete, cuja tarefa é amortecer o impacto de um objeto perigoso, é produzido a partir de diferentes tipos de plásticos, de polietileno exemplo, ABS plástico e poliéster, fibra de vidro laminado. Qualquer um destes materiais degeneram ao longo do tempo, especialmente quando expostos à luz solar (Baszczynski, et al. Mewes, 1998). Um dos principais efeitos do envelhecimento do plástico é sua fragilidade crescente.
Podemos detetar facilmente a degeneração do material capacete e a criação de microfraturas através do som, caracterizado por um estalo, quando aplicamos uma ligeira pressão em ambos os lados do capacete (imagem 1). 

Figura 1
Imagem 1: Verificação do estalo no casco do capacete
 
Por outro lado, a existência de danos na concha claramente visíveis, também indicam que o capacete perdeu a sua proteção. 

Os tipos mais importantes de tais danos incluem:
• fissuras superficiais e fraturas em toda a espessura;
• deformações que podem ser identificadas visualmente;
• enfraquecimento local e descoloração de áreas extensas (mais de 10%);
• escoriações profundas de áreas extensas (mais de 10%);
• fraturas a partir dos materiais capacete em áreas extensas (mais de 10%) ou aqueles que resultam em arestas cortantes;
Exemplos de danos que exigiriam a inutilização do capacete são ilustradas na Imagem 2 a 6. 
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Imagem 2: Fraturas no capacete
 
Verificar o arnês do capacete
O arnês é uma parte interna do capacete, ligado ao capacete com acessórios especiais. O seu propósito  é absorver a energia de impacto no casco e dissipar o impacto sobre a maior área possível.
 
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Imagem 3: Deformação do casco
 
 
4 Imagem 4: áreas Descoloração do capacete
 
 
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Imagem 5: Capacete lascado sobre uma área extensa
 
 
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Imagem 6: Bandas do casco imperfeitas
 
 
O objetivo principal de verificar a condição física do suspensor é assegurar que ele está preso. A verificação deve assim ser realizada com uma mão a segurar o capacete, enquanto o punho da outra, pressiona a armação (Imagem 7).
É importante  atestar que nem o capacete, nem as correias estejam separadas do arnês, caso contrário, o capacete deve ser retirado de uso. 

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Imagem 7: Verificação do suspensor (armação interior) do capacete
 
A condição física do arnês e a sua conexão com o suspensor do capacete indicam outras alterações que o usuário também pode ver facilmente. O mais significativo é verificar se existe dano na fixação  (Imagens 8 e 9) 

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Imagem 8: Danos nas fixações 
 
 
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Imagem 9: Danos nas fixações
 
Igualmente perigoso para o usuário é o dano nas correias que constituem o arnês. Exemplos de tais danos são mostrados na Imagem 10.
O risco que pode decorrer de um impacto significativo, nestas condições, é o casco do capacete contactar diretamente com a cabeça do trabalhador, transferindo assim a maior parte força para a cabeça do usuário. 

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Imagem 10: Danos nas correias
 
Inspecionar a Banda
A banda é a cinta flexível que envolve e que se ajusta ao perímetro do crânio e que está ligada ao suspensor. A banda, juntamente com o arnês, confere estabilidade ao capacete.
A banda apresenta 2 elementos ajustáveis:
• A profundidade de posição dentro do capacete (uma altura adequada do capacete da cabeça do usuário);
• Comprimento (o ajuste do capacete para a circunferência da cabeça ).
A verificação da condição física desta fita deve começar com a verificação da sua fixação ao casco. Para isso, a fita deve ser agarrada com uma mão e a borda do capacete com a outra. Em seguida, os movimentos mostrados na imagem11 devem ser realizados para verificar se não se separa do capacete e se existe qualquer dano no ajuste. Se identificados tais defeitos, o capacete não pode ser utilizado. 

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Imagem 11: Verificação da fixação da banda
 
Em seguida, deve ser verificado se o comprimento da banda não muda de forma descontrolada. Para fazer isso, pegue na banda com uma mão, como mostrado, de modo a que o elemento ajustável possa ser apertado e esticado ( Imagem 12) e para que garanta que o movimento não provoca quaisquer alterações no comprimento da banda.
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Imagem 12: Verificar a estabilidade da fixação da cinta jugular

Correia do Queixo

A correia do queixo é uma peça adicional de equipamentos para capacetes de segurança industrial que garante  que o capacete não caia da cabeça do usuário. Para ser eficaz, os pontos de fixação da correia não devem estar danificados e o ajuste do comprimento deve permitir ajustar a correia sempre que necessário. Para verificar a  sua condição física, segure a correia entre os dedos e o polegar e puxe para ter certeza que não a sua posição não muda (Imagem13).
13 Imagem 13: Inspecionar a correia do queixo

Durante a inspeção, é importante ter em atenção os outros danos a que correia possa estar sujeita, bem como os elementos de plástico com as quais interage. Exemplos de tais danos são apresentados na Imagem 14. 
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Imagem 14: Danos aos elementos da correia do queixo
 
Elementos do capacete que entram em contato com a cabeça do usuário
Ao inspecionar a condição física do capacete de segurança, os elementos que entram em contato direto com o couro cabeludo do usuário e o cabelo devem ser verificados por forma a verificar a sua higiene.
Tais elementos incluem: o suspensor, a banda, a fita de absorção de suor e a correia do queixo (Imagem15). Se estes estiverem sujos ou contaminados podem causar irritações de pele ou até mesmo provocar doença.
 
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Imagem 15: contaminação por metais pesados ​​
 
Capacetes contaminados ou sujos devem ser limpos de acordo com as recomendações do fabricante. Alternativamente, os elementos contaminados devem ser substituídos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PASSE - Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar

O PASSE – Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar é um programa da ARS Norte, desenvolvido pelo Departamento de Saúde Pública em parceria com a Direção Regional de Educação do Norte.

O PASSE nasceu com o intuito de promover comportamentos alimentares saudáveis e contribuir para o desenvolvimento de um ambiente promotor da saúde, em especial no que se refere à alimentação. Trabalha ainda outros determinantes da saúde, como a saúde mental, atividade física e saúde oral.

Trata-se de um projeto de sucesso, tendo já, inclusivamente, vencido o Nutrition Awards 2011, na categoria de Saúde Pública.

Produziu alguns materiais pedagógicos (livros ilustrados, videojogos, etc) muito interessantes e adequados a várias faixas etárias.

 

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1. Gosto muito de... fruta!
clip_image002[5]

 

2. Gosto muito de... sopas e saladas coloridas!

 

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3. Gosto muito de... alimentos diferentes!

clip_image002[8]

 

4. Gosto muito do... pequeno-almoço!

 

clip_image004[6]

 

5. Gosto muito de... alimentos divertidos para festas!

Para saberem tudo sobre o Programa consultem: http://www.passe.com.pt/abrir/inicio

Se estiver interessado, pode participar no PASSEtempo disponível na página, e habilita-se a ganhar os cinco livros, caso responda corretamente à questão:

 Como se chamam os dois jogos de cartas disponíveis no nosso site?

Participe!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

OIRA - AVALIAÇÃO DE RISCOS ON-LINE


É indiscutível que uma avaliação de riscos eficaz é fundamental para assegurar locais de trabalho seguros e saudáveis. Contudo, a avaliação de riscos pode constituir um desafio, particularmente para pequenas empresas, que poderão não dispor dos recursos ou da capacidade em matéria de saúde e segurança no trabalho essenciais para uma avaliação de riscos adequada e suficiente.
Para facilitar este processo, a EU-OSHA desenvolveu uma aplicação Web, intitulada OiRA, que constitui uma ferramenta interativa de avaliação de riscos on-line, de fácil utilização e gratuita. Esta aplicação representa um instrumento de trabalho bastante útil para micro ou pequenas empresas, no processo de avaliação de riscos exaustivo por etapas, que englobe as diversas fases; identificação e avaliação dos riscos no local de trabalho, tomada de decisões referentes a medidas preventivas e aplicação dessas medidas, incluindo obviamente o acompanhamento permanente e a elaboração de relatórios.
O presente projeto foi apresentado no simpósio da EU-OSHA sobre “Prevenção nas pequenas e microempresas”, no passado mês de setembro em Istambul, representando este, um esforço multinacional e cooperativo no desenvolvimento e aperfeiçoamento de um processo de avaliação de riscos por etapas, que representará, sem dúvida, uma mais-valia para micro e pequenas empresas.
Para mais informações ou atualizações sobre o programa consulte a página Web.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Desenvolvimento Sustentável...uma reflexão!

 

"Tratamos hoje a natureza como há 100 anos tratávamos os operários. Nessa altura, não incluíamos nos custos de produção os encargos com a saúde e a segurança social, tal como não incluímos hoje nesses custos a saúde e a segurança da natureza. Os custos dos impactos ambientais têm de ser considerados como um custo a incorporar se queremos continuar em actividade."[1]

 

30631_1391032130464_1071933054_1130651_6292495_nDe uma forma muito breve, o conceito de desenvolvimento sustentável, nada mais é, que um processo de organização da sociedade, quer ao nível das mentalidades como dos próprios procedimentos, para que sobrevivência da espécie humana seja garantida através da igualdade social e da protecção ambiental. Apenas desta maneira será possível o acesso, cada vez maior, do número de pessoas aos níveis de vida socialmente aceitáveis e, conjuntamente, garantida uma utilização progressiva e mais eficaz dos recursos existentes.

Actualmente o termo sustentabilidade é utilizado com bastante frequência, num discurso político, numa entrevista a um especialista económico, etc., passando a ideia de que estes discursos de nada valem se o conceito de sustentabilidade não estiver patente, mesmo que tal nada o justifique.

Muito provavelmente, a vulgarização do termo e do seu conceito, tem sido um dos principais obstáculos à consciencialização de que este representa, no início deste século, uma importância indispensável para a implementação de políticas reguladoras da actividade humana ao nível global, na medida em que estas podem contribuir de forma decisiva para a deterioração do equilíbrio social, económico e ambiental do planeta.

No meu ponto vista, deparamo-nos com duas dimensões que têm de ser consideradas, nomeadamente, a opção de conceber uma união global para cuidar da Terra ou por outro lado arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida.

Chegamos a uma fase onde são necessárias mudanças nos nossos valores, quer ao nível institucional quer ao nível dos estilos de vida. Torna-se fundamental fazer a viragem nos nossos comportamentos altamente consumistas, para que o meio ambiente consiga manter-se. Apenas desta forma, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não para o ter mais. Ao fim ao cabo, torna-se imprescindível fazer pressão sobre os governos nacionais e regionais para que estes contemplem, políticas económicas que atendam às considerações de ordem ambiental e de justiça social visando um estado superior de desenvolvimento sustentável.

Para tal, é necessário conjugar esforços de toda a sociedade, onde as grandes preocupações deverão contemplar temas importantes como a explosão demográfica, desenvolvimento industrial, nova política educacional, entre outros. Para que possa ser alcançado, o desenvolvimento sustentável deve-se constituir um objectivo para toda a humanidade. “Os povos devem unir-se e em parceria combater os problemas ambientais com soluções imaginativas e eficientes e tentando desenvolver em todos os cidadãos uma consciência ecológica, alicerçada na ética ambiental”[2], no sentido de criar uma sociedade moderna onde a crise de valores será afastada evitando assim uma crise ambiental. 1088146515888S

Ao longo do tempo têm surgido imensas tentativas e acções, o que me parece bastante positivo, quer pelos programas e estratégias que têm vindo a ser discutidos ao nível mundial e europeu, quer através de diversas acções de Educação Ambiental direccionadas para as camadas mais jovens, para que as gerações futuras tenham um maior respeito pela natureza. Contudo, penso que ainda há muito por fazer sobretudo no sentido de alterar o espírito e a cultura.

Ainda nos situamos no patamar, onde somos confrontados com a realidade de estarmos “mais perto do colapso do que do desenvolvimento sustentável. Se o curso do mundo continuar como se encontra actualmente, com o império do curto prazo a dominar as decisões individuais e colectivas, então será o naufrágio da história e não a sua continuidade, com novo vigor aquilo que o futuro nos reservará com um elevado grau de certeza”[4].

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[1] - BJorn Stigson, presidente do WBCSD (World Business Council for Sustainable Development)

[2] Viriato Marques, 200

[3] Citado por Constantino Sakellarides, 2006

[4] Viriato Marques, 2005

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mitos dos Alimentos

Partilharam comigo uma compilação das principais conclusões de um perito mundial, David Khayat, sobre as questões da alimentação e do cancro, que foram publicadas, em tempos, pela Revista Sábado.

Uma vez que me pareceu conter informações importantes, passo a divulgar com todos os leitores, pois pode alterar a forma como hoje escolhemos e preparamos alguns alimentos!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Consultar o documento original em PDF. (Revista Sábado, 23.06.11)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Novos requisitos de rastreabilidade

O Jornal Oficial da União Europeia publicou o  Regulamento (UE) n.º 931/2011 de 19 de Setembro de 2011, sobre os requisitos de rastreabilidade definidas pelo Regulamento (CE) n º 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, aos géneros alimentícios de origem animal.
  
O Reg. n.º 178/2002 focou a necessidade do desenvolvimento de um sistema exaustivo de rastreabilidade nas empresas do sector alimentar e do sector dos alimentos para animais, de modo a possibilitar retiradas do mercado de forma orientada e precisa, ou a informar os consumidores ou os funcionários responsáveis pelos controlos, evitando-se assim a eventualidade de perturbações desnecessárias mais importantes em caso de problemas com a segurança dos géneros alimentícios.

No entanto, as crises alimentares têm revelado que os registos documentais não têm sido suficientes para permitir em pleno a rastreabilidade dos alimentos suspeitos. De forma geral, os operadores evidenciam não possuir as informações necessárias para garantir a adequação dos seus sistemas, nomeadamente no sector dos géneros alimentícios de origem animal.


Desta forma, percebeu-se a necessidade de introduzir novos requisitos, que obrigam os operadores de empresas do sector alimentar a fornecer informações mais específicas, relativas a remessas de géneros alimentícios de origem animal, ao operador a quem tenham sido fornecidos géneros alimentícios e, mediante solicitação, à autoridade competente.

Assim sendo, a partir de 1 de Julho de 2012 todos os Estados-Membros da União Europeia, deverão obedecer os requisitos exigidos pelo diploma.


Requisitos de Rastreabilidade:
 
1. Os operadores de empresas do sector alimentar devem assegurar que as seguintes informações relativas a remessas de géneros alimentícios de origem animal são facultadas ao operador a quem tenham sido fornecidos os géneros alimentícios e, a pedido, à autoridade competente:
a) Uma descrição exacta dos géneros alimentícios;
b) O volume ou a quantidade dos géneros alimentícios;
c) O nome e endereço do operador da empresa do sector alimentar que expediu os géneros alimentícios;
d) O nome e endereço do expedidor (proprietário), se diferente do operador da empresa do sector alimentar que expediu os géneros alimentícios;
e) O nome e endereço do operador da empresa do sector alimentar para o qual os géneros alimentícios são expedidos;
f) O nome e endereço do destinatário (proprietário), se diferente do operador da empresa do sector alimentar para o qual os géneros alimentícios são expedidos;
g) Uma referência que permita identificar o lote ou a remessa, conforme o caso; e
h) A data de expedição.


As informações referidas no n.º 1 devem ser actualizadas diariamente e manter-se disponíveis, pelo menos, até se poder razoavelmente presumir que os géneros alimentícios foram utilizados.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Higiene Industrial e Segurança no trabalho

trab[1]Ao longo do tempo, com o surgimento de uma maior preocupação relativa às condições de trabalho, e da necessidade de uma organização de trabalho mais eficiente, começou a ser necessário definir-se a base dos direitos e obrigações de todos os envolvidos, empregados e empregadores, a propósito da segurança, higiene e saúde do trabalho. 
Todos estes passos foram dados, no sentido de estabelecer as causas dos danos à sua saúde, reconhecer os seus determinantes, estimar riscos, dar a conhecer os modos de prevenção e promover saúde.
Segundo a OIT, têm-se demonstrado que uma cultura de segurança consistente é benéfica tanto para os trabalhadores como para os empregadores. Existem actualmente diversas técnicas de prevenção que surgem no sentido de assegurar a segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. Estas técnicas têm revelado a sua eficácia quer no sentido de evitar os acidentes de trabalho e as doenças profissionais bem como para melhorar o desempenho das empresas. Actualmente, as rigorosas normas de segurança existentes, são resultado evidente de políticas a longo prazo que estimularam a negociação colectiva entre os sindicatos e os empregadores, assim como legislação de segurança e saúde eficaz apoiada numa inspecção do trabalho dotada dos meios necessários.
 
capaceteNa acção do controlo dos ricos podemos identificar várias dimensões que importa destrinçar:
Em primeira mão, e porque tenho reparado que em algumas situações esta tem sido uma dúvida assídua, passo a distinguir segurança do trabalho de higiene industrial.

 
- Segurança do trabalho envolve o conjunto de metodologias destinadas à prevenção de acidentes de trabalho, tendo como principal domínio de intervenção o reconhecimento e o controlo dos riscos de operação (por exemplo, maquinas desprotegidas ou pisos molhados).

 
- Higiene industrial centra-se no desenvolvimento de metodologias destinadas à prevenção das doenças profissionais, tendo como principal objectivo a prevenção e controlo dos riscos do ambiente (por exemplo, as atmosferas perigosas, o ruído, o calor, etc...)
  • ·  Abordagem técnica, diz respeito à conformidade dos locais, instalações, máquinas, equipamentos, matérias-primas, produtos e contaminantes ambientais. (domínio de intervenção da segurança do trabalho, da higiene industrial e da ergonomia).
  • Abordagem do trabalho, ocupa-se da organização do trabalho, da actividade do trabalho, da representação dos riscos e dos saberes informais dos trabalhadores. (domínio de intervenção da psicossociologia do trabalho e da ergonomia abordagem médica)
  • A abordagem médica, centra-se na monitorização e vigilância da saúde dos trabalhadores em relação ao seu ambiente profissional e na pesquisa das patologias nos locais de trabalho. (Medicina do Trabalho)
Apesar de ter dividido as três abordagens anteriores, é certo que as mesmas se complementam e interagem entre si, sendo este um dos motivos que confere complexidade à actividade de prevenção de riscos profissionais.
Uma vez que falamos numa actividade interdisciplinar, esta complexidade, envolve obviamente a necessidade da existência de um sistema de comunicação funcional que abra caminho ao processo de mudança comportamental, quer ao nível das organizações quer dos indivíduos que as integram. Este sistema fará sem dúvida parte da cultura de segurança.

 
Fonte: MIGUEL, A. S. (2007), Manual de Higiene e Segurança no Trabalho, Porto Editora.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dia mundial da Saúde Ambiental, 2011

Comemora-se hoje, pela primeira vez em todo o mundo o Dia Mundial da Saúde Ambiental.

O Dia Mundial da Saúde Ambiental tem lugar no dia de hoje como resultado do 11º congresso, decorrido em Vancouver em Setembro de 2010, onde se decidiu que o dia 26 de Setembro de 2011, marcaria o primeiro Dia Mundial da Saúde Ambiental.
A marca  da Saúde Ambiental no calendário mundial, pretende ao fim ao cabo comemorar todo o trabalho que tem vindo ser desenvolvido no âmbito da saúde pública e da eficácia ambiental e ao fim ao cabo destacar o trabalho de todos os profissionais ligados à saúde ambiental que lutam diariamente para o bem estar das populações!
Apesar de não ter sido definido nenhum tema concreto para esta celebração, ficando a cargo de cada organização profissional promover um tema do seu trabalho que claramente beneficie a sociedade, destaco que está a decorrer o IFEH Council meeting and International Summit of Environmental Health Students em Bali na Indonésia, em celebração deste dia. Em Portugal, o Departamento de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) está a promover uma conferência, com a presença do Director Geral da Saúde, Dr. Francisco George e do Director Geral da Agência Portuguesa do Ambiente, Eng.º Mário Grácio, onde será feita uma apresentação sobre o Plano Nacional da Acção Ambiente e Saúde (PNAAS).
Aproveito ainda o momento para destacar outros eventos de grande interesse no âmbito da saúde ambiental:


Encontro Nacional de Saúde Ambiental 2011
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10 – 11 de Novembro de 2011 em Coimbra
4ª Conferência Europeia de Saúde Pública
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10 - 12 de Novembro de 2011
The Bella Centre – Copenhaga
XI Congresso Espanhol e II Congresso Ibero-Americano de Saúde Ambiental
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26 – 28 de Outubro de 2011
Bilbau, Espanha
 
12 º Congresso Mundial de Saúde Ambiental 
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"Novas Tecnologias, Ser Humano Saudável e Meio Ambiente"
22-27 Maio de 2012 - Vilnius, Lituânia