sábado, 7 de julho de 2012

Saúde dos Jovens

clip_image002Foi publicado no passado mês de maio o último relatório do estudo Health Behaviour in School-aged Children (HBSC). Este relatório reúne dados de 39 países de toda a Europa e da América do Norte, recolhidos através de um inquérito a que responderam 200.000 jovens de 11, 13 e 15 anos de idade.
O estudo, coordenado pela Organização Mundial de Saúde, representa uma fonte de informação importante sobre a saúde dos jovens na Europa.
O estado de saúde de um adulto é, em grande parte, determinado durante a sua adolescência, pelo que este estudo é especialmente interessante. Os jovens inquiridos estão numa fase de transição entre a infância e a idade adulta, começando a adquirir autonomia em relação aos pais e a fazer as suas próprias escolhas em matéria de saúde.
Os comportamentos em matéria de saúde que adotem nesta fase irão muito provavelmente nortear a sua vida adulta.
Resultados do estudo
De uma forma geral, o  relatório conclui que,  os jovens estão de boa saúde, mas chama a atenção para determinados aspetos que merecem uma atenção especial.
Em primeiro lugar, o relatório põe em destaque a importância do ambiente social para a saúde. Uma boa comunicação entre pais e filhos pode contribuir para a saúde e o bem-estar geral dos jovens. Contudo, esta comunicação torna-se mais difícil com a idade e é mais rara nos meios mais desfavorecidos. Por sua vez, o ambiente escolar satisfaz cada vez menos as necessidades psicológicas básicas dos alunos. Ora, um ambiente escolar propício pode contribuir para melhores resultados em matéria de saúde.
Em segundo lugar, o relatório aponta para as diferenças entre os sexos. As raparigas dizem-se menos satisfeitas com a vida e têm uma pior imagem corporal do que os rapazes. Para além das consequências a nível da saúde mental, este fator torna mais prováveis as dietas de risco para emagrecer suscetíveis de afetarem a sua saúde física. Em contrapartida, os rapazes adquirem massa muscular e têm uma boa imagem corporal. Contudo, têm maus hábitos alimentares e adotam mais frequentemente comportamentos de risco do ponto de vista da saúde, como o consumo de tabaco ou o consumo excessivo de álcool ou atividades perigosas com risco de lesões físicas.
Em terceiro lugar, as diferenças em termos de estatuto socioeconómico e de país criam desigualdades. O estatuto socioeconómico pode influenciar o estado de saúde e a autoperceção do estado de saúde. O excesso de peso e a obesidade são mais frequentes nos agregados familiares mais desfavorecidos na Europa Ocidental, enquanto que os agregados familiares mais ricos são mais suscetíveis de criar comportamentos saudáveis nas crianças, por exemplo no que respeita ao consumo de fruta e ao exercício regular de uma atividade física.
Importância do estudo
O HBSC disponibiliza dados fiáveis que identificam fatores de risco para a saúde dos jovens, fornecendo aos responsáveis políticos informações úteis para melhor satisfazerem as necessidades dos jovens em termos de promoção da saúde.
Para mais informações: Sítio Web HBSC

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