domingo, 10 de julho de 2011

Saúde Ambiental Walk Through

Finda agora mais um ciclo de experiências, aprendizagens e emoções que fizeram parte de uma viagem, que teve a duração de quatro anos pelo mundo da Saúde Ambiental. Durante esta viagem vivi momentos inesquecíveis, conheci lugares de sonho, pessoas extraordinárias e amigos para sempre!

É certo que este percurso teve também as suas dificuldades, em alguns momentos encontrei obstáculos que me deram luta, deparei-me com avarias difíceis de reparar e algumas vezes cheguei a ficar sem combustível! Mas, felizmente consegui manter os meus objectivos na mira e com a ajuda de todos aqueles que acreditaram em mim, as dificuldades foram bem mais fáceis de serem eclipsadas...

 E porque a Saúde Ambiental é para muitos de nós uma paixão, carece de uma "acendalha" que lhe dá força e dimensão. É esta acendalha que, na maioria das vezes, nos impulsiona e direcciona a realizar aquilo que produzimos com gosto e devoção.

Após realizar este último estágio numa unidade de saúde pública, acredito ter descoberto a minha acendalha, denominando-se ela… Saúde Pública! Para além de considerar que a mesma é por vezes pouco compreendida e diria até mesmo pouco reconhecida, fruto da sociedade imediatista em que vivemos, onde o tempo entre a intervenção e os resultados deverá ser o mais célere possível, nada favorece a sua visibilidade, contemplando ainda, que em Saúde Pública (SP) o “não acontecimento” é o resultado pretendido. Na realidade, todos os profissionais desta área, lutam para que a doença se aproxime, cada vez mais, de um fenómeno raro!

Sempre que falamos em SP falamos em saúde das populações. Agir em SP implica intervir “a montante” prevenindo a doença e protegendo a saúde, implica termos “braços grandes”, isto é, muitos braços capazes de abarcar toda a população, identificando as suas necessidades, as suas potencialidades, desenhando e implementando estratégias para o seu controlo e avaliando o seu impacto.

Pode parecer um pouco utópica esta minha visão, ou típica de um recém-licenciado que acaba o curso com a força de vontade voraz de fazer… Contudo, e tal como referia Artur Miller, dramaturgo americano, “para mobilizar pessoas para qualquer empreendimento humano de alguma envergadura é necessário situar a fasquia bem alto, de facto muito perto da utopia. Isto torna a fasquia inatingível. Mas o que importa, é o facto de ser entre a primeira ideia do novo empreendimento, e o primeiro sinal que não se pode ir tão longe como se pretendia, é nesse intervalo, que as coisas verdadeiramente importantes acontecem.”

Não poderia terminar este momento sem agradecer a todos aqueles que com amizade se sentaram no meu comboio e fizeram desta minha viagem, uma viagem bem mais rica e muito mais feliz!



Muito Obrigada a todos, e em especial
 àqueles, que ao lerem sobre a minha
viagem  se identificam nela!

2 comentários:

  1. Olá Manuela... colega.
    Desejo-lhe toda a felicidade e sorte do Mundo.
    Tanto uma como outra, você garantidamente que as merece.

    Um beijinho do "Senhor do Blogue".

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  2. Olá querida Mané,
    É agradável ler esta tua reflexão pois como sabes partilho destes sentimentos tanto no que se refere à paixão pela saúde pública como no hábito de pensar que acreditar é a parte mais importante da concretização dos desideratos...
    A melhor parte de saber que fiquei sem uma aluna brilhante é saber que ganhei uma excelente colega.
    Beijinhos
    Raquel

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