segunda-feira, 11 de abril de 2011

Primeiros Socorros e Segurança Infantil

A Escola, ao constituir-se como um espaço seguro e saudável, está a facilitar a adopção de comportamentos mais saudáveis, encontrando-se por isso numa posição ideal para promover e manter a saúde da comunidade educativa e da comunidade envolvente.

Segundo o Relatório de Avaliação Sobre Segurança Infantil (2009), as lesões e os traumatismos são a primeira causa de morte das crianças entre os 0 e os 19 anos em Portugal. Em 2005, 276 crianças e adolescentes desta faixa etária morreram devido a esta causa. Este relatório, elaborado no âmbito do Projecto Child Safety Action Plan, determinou como ponto de partida o estabelecimento de metas para a redução das mortes e incapacidades resultantes de lesões em crianças e adolescentes em Portugal. Simultâneamente foi reconhecida a necessidade de incrementar o desenvolvimento de competências, em termos de especialização técnica em prevenção, de profissionais que directa ou indirectamente lidam com crianças.

Actualmente verifica-se que a grande maioria do pessoal docente e não docente, não está preparado para lidar com este tipo de ocorrências, desconhecendo muitas vezes como prestar devidamente os primeiros socorros.

Saber como agir perante quedas com traumatismos, controlar hemorragias e conservar um dente para que possa vir a ser implantado, são situações comuns nos estabelecimentos de ensino com as quais todos os envolvidos deverão saber lidar. É deveras importante que professores e assistentes operacionais estejam preparados para prestar primeiros socorros na escola.

Identificada esta necessidade e por forma a alterar esta realidade a unidade de saúde publica decidiu planear e organizar uma acção de formação sobre primeiros socorros na escola. O nosso grande objectivo será preparar tecnicamente pessoal docente e não docente para o atendimento imediato e eficaz de uma criança acidentada na escola ou vítima de doença súbita, através da aquisição de conhecimentos na área de primeiros socorros.

Não desvalorizando a importância de adquirir uma cultura de segurança que perdure por toda a vida, devemos também estar sensibilizados para agir e evitar as consequências, por vezes graves e definidas dos acidentes.
Penso que, ainda que muitas acções tenham vindo a ser desenvolvidas ao nível da saúde escolar, parece-me que existe ainda muito trabalho a desenvolver no sentido de habilitar a comunidade educativa para agir em prol da segurança, higiene e saúde na escola!

Ao longo do meu percurso, ainda que muito bebé, e com a ajuda dos profissionais que tenho vindo a acompanhar, tenho-me apercebido que só é dada atenção devida à saúde quando esta é lesada, e por isso é frequente encontrar-se nas escolas, entre outros aspectos:
  •   Caixas de primeiros socorros deficientemente equipadas, muitas vezes em locais de difícil acesso.
  •  A existência de plano de emergência, mas o desconhecimento do mesmo por parte da comunidade escolar.
  •  Inexistência de monitorização dos acidentes ocorridos na escola e no espaço periescolar.
Obviamente não descurarei as questões de segurança destes espaços, pois constituem factores de risco que comprometem frequentemente a saúde dos seus ocupantes, mas na verdade todas estas condições se interligam e coexistam, dando por isso espaço para mais uma reflexão que abordarei noutra publicação.

Dica:
O que deve conter uma caixa de primeiros socorros?

Clique na imagem para ampliar.
Para além do conteúdo aqui referido, será desejável a existência de manta térmica e de um saco térmico para gelo.

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