Tal como havia prometido anteriormente, após uma segunda auditoria a um hipermercado do mesmo grupo comercial, ou seja, sujeito à mesma política de segurança alimentar, já consegui identificar mais claramente alguns pontos que influenciam a sua performance.
Antes demais gostaria de focar que quer a restauração colectiva quer a indústria agro-alimentar tem sido alvo de uma revolução ao nível de procedimentos adoptados até ao presente e daí resultam também algumas das dificuldades no cumprimento da regulamentação!
DIFICULDADES NO CUMPRIMENTO DA REGULAMENTAÇÃO
As grandes dificuldades encontradas no terreno prendem-se basicamente com:
- As condições estruturais e de equipamentos são factores difíceis de mudar chegando a ser em alguns casos mesmo impossíveis;
- A acumulação de funções ou pouco tempo de contacto do(a) responsável pela segurança e qualidade alimentar no local, impede o seu acompanhamento permanente. A sua atenção acaba por ser desviada para outros assuntos dificultando a criação de rotinas nos trabalhadores.
- A rotatividade dos colaboradores/funcionários é muito frequente, não permite que seja criada uma equipa que vá recebendo formação e evoluindo na área. Para além disso existe ainda outra barreira que se prende com a dificuldade em alterar alguns hábitos e comportamentos já enraizados nos trabalhadores;
- Muitas vezes não se encontram definidas acções a implementar na sequência de desvios e/ou oportunidades de melhoria detectadas nas auditorias, mesmo quando se é dada a oportunidade para o fazer de uma forma facilitada;
Importa então aqui referir a importância do comprometimento e envolvimento da gestão de topo no processo de análise dos dados gerados pelo sistema, pois estes representam peças fundamentais na definição da estratégia, na definição e redefinição de objectivos, bem como na tomada de decisão de acções de melhoria relacionadas com aspectos que podem ter impacto em termos de segurança alimentar.

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