quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Semana IV

imageA IV semana deu lugar a mais duas auditorias, uma delas a uma grande superfície comercial e outra a um hipermercado. Este último pertencente a uma cadeia diferente daquela que tenho vindo a auditar e comentar.
Na grande superfície comercial foram auditados:
  • 2 Restaurantes,
  • 2 cafetarias e
  • 1 bistrô (termo usado como sinônimo de pequenos e tradicionais restaurantes de inspiração francesa.)
Realizei ainda, recolhas de alimentos, água, ar e zaragatoas para análises microbiológicas.
Esta auditoria representou uma novidade para mim, pois os espaços a auditar eram mais pequenos, comparativamente àqueles que tenho vindo a realizar. Arriscar-me-ia inclusivé a afirmar que são mais fáceis de realizar, não que sejam menos trabalhosos, mas talvez porque passadas três semanas, a minha visão está mais treinada e estou mais organizada em termos de metodologia de trabalho, isto é, já sei o que devo verificar primeiro, quais os espaços que exigem mais tempo de análise e sem dúvida que foi uma ajuda o facto de ter permanecido menos tempo em câmaras de refrigeração e congelação. Estas, apesar de existirem eram bem mais pequenas! Confesso que esta é umas das minhas limitações, com colete ou sem colete, custa-me imenso verificar todos os pontos neste espaço, por isso fui rapidamente obrigada a estar o menos tempo possível nas câmaras, mas absorver o máximo possível de informação.
Apesar de me sentir mais à vontade nesta vistoria, existem sempre pontos que são novos e que me fazem agradecer por ter estado ali naquele momento!
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Hipermercado XX – 4ª Auditoria
hipexxDepois da auditoria realizada ao hipermercado de outro grupo comercial, que apelidarei de XX, onde foram também realizadas recolha de alimentos e zaragatoas, as conclusões que pude retirar em comparação ao outro hipermercado foram as seguintes:
O autocontrolo do grupo XX é bastante minucioso no que confere à segurança alimentar, às boas práticas e higiene e formação do pessoal.
É perceptível que este grupo exprime uma preocupação em cumprir os procedimentos, estes estão bem definidos, e são do conhecimento de todos os funcionários, havendo represálias aquando do seu não cumprimento. Tanto, que no decorrer da mesma, havia uma funcionária que discretamente atrás de nós, alterava algumas coisas que a seu ver, pudessem ser penalizadas! Ainda assim, foi visível que os planos de higiene, de boas práticas e formação ao pessoal evidenciavam, de uma modo geral, o seu seguimento.
  Depois da auditoria, seguiu-se uma reunião com o director do hipermercado XX, com o objectivo de fazer um briefing. Durante o mesmo, percebi que nós, enquanto auditores, devemos conseguir justificar pormenorizadamente tudo aquilo que apontamos como não conforme.  Isto porque somos confrontados com questões e muitas vezes pressões que nos obrigam a ter uma resposta na ponta da língua e uma postura confiante, pois nem sempre as não conformidades são recebidas de animo leve, onde uma fraqueza da nossa parte pode criar momentos bastante desconfortáveis.

                I- Identificou-se queijo com bolor.
               II- E daí? Queijo com bolor não estava exposto ao consumidor, qual é o problema?
                I- Contaminação de outros géneros alimentícios.
               II- E daí? Nunca serão expostos ao consumidor! Vocês são muito fundamentalistas!!
    Seguem-se uma série de questões de “e porquê? e porquê?” e afirmações, que muitas vezes não dizem rigorosamente nada, mas que exigem uma atitude assertiva, fundamentada e um respirar fundo até 10!

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